A HISTÓRIA DO CIRCO

Circo (do latim circus, “circunferência”) é comumente uma companhia em coletivo que reúne artistas de diferentes especialidades,como malabarismopalhaçoacrobaciamonociclocontorcionismoequilibrismoilusionismo, entre outros.

A palavra também descreve o tipo de apresentação feita por esses artistas, normalmente uma série de atos coreografados à músicas. Um circo é organizado em uma arena – picadeiro circular, com assentos em seu entorno, enquanto circos itinerantes costumam se apresentar sob uma grande tenda ou lona

A magia do circo nos remete a algo incrível, nos fazendo viajar na alegria dos palhaços, nas acrobacias dos malabares e na beleza das cores. Relatos trazem que esta arte difundida no mundo todo exista desde a antiguidade

Na China foram encontradas pinturas com quase 5000 anos mostrando contorcionistas, acrobatas e equilibristas. Os guerreiros chineses usavam a acrobacia como forma de treinamento, já que isso exigia força, flexibilidade e agilidade. Em 108 a.C, em uma festa em homenagem a alguns visitantes estrangeiros, houve uma apresentação acrobática que encantou também ao imperador, este então, determinou que apresentações como esta se repetiriam todos os anos.

As pirâmides do Egito também trazem gravuras com malabaristas. Já em Roma a história do circo foi um tanto quanto trágica. Por volta de 70a.c, surgiu o Circo Máximo, que foi destruído em um incêndio. No lugar onde ficava instalado, foi construído o Coliseu.

Em Roma, o chamado “Circo Máximo” era o local onde as massas plebeias reuniam-se para assistir às atrações organizadas pelas autoridades imperiais.

E o circo ganhou a forma que conhecemos e espalhou-se pelo mundo

Na Idade Média, vários artistas saltimbancos vagueavam pelas cidades demonstrando suas habilidades ao ar livre em troca de algumas contribuições.

O primeiro a sistematizar a ideia do circo como um show de variedades assistido por um público pagante foi o inglês Philip Astley. Em 1768, ele criou um espaço onde, acompanhado por um tocador de tambor, apresentava um número de acrobacia com cavalos. Nesse período, o crescimento das populações urbanas garantiu um bom número de espectadores ao seu espetáculo.

Philip Astley – este, sim, considerado o pai do circo moderno. Ex-integrante da cavalaria do Exército inglês, onde chegou a assumir o posto de sargento-major, Astley aplicou as rígidas regras do quartel a seu novo negócio, inventou o picadeiro e juntou nele números com seus cavalos, palhaços, malabaristas e outros artistas que costumavam se apresentar nas feiras das cidades para ganhar a vida.

 Astley reconstruiu sua arena e deu-lhe o nome de Anfiteatro de Astley. Além do ringue, tinha um palco. Inicialmente, tinha uma cobertura de lona para protegê-lo da chuva: em 1780 , estava em um prédio coberto com duas fileiras de caixas, um fosso e uma galeria. O show agora incluía mágicos, homens musculosos, fantoches e até mesmo uma zebra. Todas as classes da sociedade vieram para ver os shows.

Anfiteatro de Astley.

Com a expansão de seu empreendimento, Astley passou a contar com vários outros artistas. Dado o sucesso de suas atrações, sua companhia passou a apresentar-se em Paris.

Nessa época, o domador Antoine Franconi ingressou na companhia de Astley. A instabilidade causada com os arroubos da Revolução Francesa, em 1789, forçou Astley a abandonar a França. Com isso, Franconi se tornou um dos maiores circenses da França. Com o passar do tempo, a tradição itinerante dos artistas circenses motivou a expansão das companhias de circo.

No século XIX, o primeiro circo atravessou o oceano Atlântico e chegou aos Estados Unidos. O equilibrista britânico Thomas Taplin Cooke chegava com seu conjunto de artistas na cidade de Nova Iorque. Com o passar dos anos, sua companhia transformou-se em uma grande família circense que, ao longo de gerações, disseminou o circo pelos Estados Unidos.

O equilibrista britânico Thomas Taplin Cooke

Circo no Brasil

A história do circo no Brasil começou no século XIX, com famílias e companhias vindas da Europa, onde se agruparam em guetos e manifestavam sentimentos diversos através de interpretações teatrais onde não demonstravam apenas interesses individuais e sim despertavam consciência mútua.

No Brasil, já havia os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a domadores de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.

As manifestações artísticas eram de acordo com a aceitação do público, o que não agradava, não era mais mostrado naquela determinada região. Algumas atrações foram adaptadas ao estilo brasileiro. O palhaço europeu, por exemplo, era menos falante, usando a mímica como base, já no Brasil, o palhaço fala muito, utilizando de comédia sorrateira, e também de instrumentos musicais, como o violão.

O público brasileiro gosta das atrações perigosas, como os malabares em trapézios e domadores de animais ferozes. O uso de animais em circo é um assunto polêmico, pois muitas vezes esses animais sofrem de maus tratos.

Atualmente, as atrações circenses são mais modernas e trazem muitas novidades tecnológicas, exemplo disso é o Cirque du Soleil.

Circo Contemporâneo

O circo contemporâneo tem como características inovadoras a adição de técnicas circenses, em conjunto com elementos teatrais, ou seja, os números apresentados têm um fio condutor, temático ou estético, que dá sequência lógica ao espetáculo

Hoje, o circo também tem uma ramificação que é o circo contemporâneo, que é aprendido em escolas, não só de pai para filho como antigamente. Uma das primeiras escolas de circo surgiu em São Paulo, a Academia Piolin, em 1978. No Rio de Janeiro, em 1982, foi aberta a Escola Nacional de Circo. Nesta escola, jovens aprendem as técnicas circenses e quando formados, criam grupos e passam a se apresentar ao público.

Hoje a Nau de Ícaros, o Teatro de Anônimo, o Circo Escola Picadeiro, o Linhas Aéreas, a Intrépida Trupe, os Parlapatões, o Circo Mínimo, os Acrobáticos Fratelli, Patifes e Paspalhões, fazem parte do Circo Contemporâneo Brasileiro.

DIA DO CIRCO

A origem do Dia do Circo é comemorado dia 27 de março

O dia 27 de março foi escolhido como Dia do Circo em homenagem ao palhaço brasileiro Abelardo Pinto, conhecido popularmente como Piolin, que nasceu nessa data em 1897.

Piolin Tornou-se mundialmente famoso, era considerado um grande palhaço, que se destacava pela enorme criatividade cômica e pela habilidade como ginasta e equilibrista.

Mesmo com o advento das novas tecnologias, o circo ainda preserva a atenção de multidões. Reinventando antigas tradições e criando novos números, os picadeiros espalhados pelo mundo provam que a criatividade artística do homem nunca estará subordinada ao fascínio exercido pelas máquinas. Talvez, por isso, podemos dizer que “o show deve continuar”.

Fonte:

https://www.historiadomundo.com.br/
https://www.infoescola.com/
https://super.abril.com.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

Tenda De Circo - Foto gratuita no Pixabay

RESUMO DA HISTÓRIA DO CIRCO

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