Prêmio Nobel: você conhece esta história?

A HISTÓRIA DO PREMIO NOBEL

Alfred Nobel (1833-1896) foi o criador do Prêmio Nobel. Foi um químico e industrial sueco que dedicou toda sua vida à técnica dos explosivos. Inventou a dinamite, a gelatina explosiva e outros detonantes.

Alfred Bernhard Nobel nasceu em Estocolmo, Suécia, no dia 21 de outubro de 1833. Filho de um modesto agricultor fez seus primeiros estudos em Estocolmo e na cidade russa de São Petersburgo, onde o pai, um engenheiro militar, instalou uma fábrica de nitroglicerina.

Aperfeiçoamento da nitroglicerina

De volta a São Petersburgo trabalhou na empresa do pai, onde tentou aperfeiçoar a nitroglicerina líquida, inventada em 1846 pelo italiano Ascanio Sobrero.

Em 1859, depois da falência da fábrica do seu pai, Alfred Nobel e sua família voltam para a Suécia e junto com seu pai instala um laboratório de pesquisas na cidade de Helenborg, próximo a Estocolmo.

Trabalhando mais uma vez na fabricação de explosivos à base de nitroglicerina líquida, em pouco tempo, Alfred descobre a forma de fazer detonar essa substância, porém, uma explosão destruiu todo o laboratório e várias pessoas morreram, entre elas, seu irmão mais novo.

A dinamite

Proibido pelo governo de reconstruir a fábrica e estigmatizado como “cientista louco”, em 1866, Nobel continuou a pesquisar a maneira de minimizar o risco de manusear a nitroglicerina, o que conseguiu ao misturá-la com um material inerte e absorvente que só explodia com um detonador especial.

Nobel inventou e aperfeiçoou a dinamite e o detonador, desenvolvendo um explosivo mais poderoso, a nitroglicerina gelatinizada.

O invento permitiu-lhe instalar novas fábricas. Em 1875 já era dono de centros produtores de dinamite em vários países da Europa e nos Estados Unidos. Continuando suas pesquisas inventou a balistite, uma pólvora, que logo foi usada em vários países para fins militares.

1895: Alfred Bernhard Nobel assina seu testamento

Sem a fundação e os prêmios concedidos a cada ano em seu nome, é muito provável que ninguém se lembraria mais do industrial sueco Alfred Bernhard Nobel, cujo testamento foi assinado em 27 de novembro de 1895.Alfred Nobel era muito contraditório: sempre foi sueco até a medula, embora tenha vivido no exterior desde os nove anos de idade; ganhava dinheiro com explosivos e era afeiçoado a ideias pacifistas.

sobre dinheiro e patrimônio. Ele costumava dizer que as pessoas que herdam muito dinheiro se tornam parvas.

Desejo expresso no testamento, mas impreciso

Com essas premissas, pode-se entender o testamento que ele assinou em 27 de novembro de 1895 no Clube Sueco em Paris, homologado por quatro compatriotas seus. O documento continha alguns legados pequenos a algumas pessoas e acrescentava: “O resto do meu patrimônio deve ser usado da seguinte maneira: com o capital […] deve ser criado um fundo e seus juros anuais distribuídos em prêmios para os que trouxerem os maiores benefícios à humanidade”.

Deveriam ser contempladas com o prêmio cinco áreas: física, química, fisiologia ou medicina, literatura e realizações que contribuíssem da melhor maneira possível para a fraternidade entre os povos, para a extinção ou redução de exércitos, bem como para a consecução ou propagação da paz. Além de dinheiro, o inventor da dinamite em pó tinha talento literário e ideias pacifistas.

O prêmio deveria ser outorgado por instituições de renome: Real Academia Sueca de Ciências, Instituto Carolíngio Sueco de Medicina e Cirurgia, Academia Sueca de Literatura e uma comissão de cinco membros nomeada pelo parlamento norueguês.

Questões em aberto

Feito sem instrução jurídica, o testamento continha muitas falhas. Nobel legou a sua fortuna, mas a quem? Ele deixou escrito apenas que determinada corporação deveria distribuir o dinheiro dos juros em cinco prêmios e não fez determinações sobre a administração do fundo. Ele estabeleceu apenas que as cinco instituições assumiriam a tarefa de distribuir os prêmios. E o que deveria acontecer se elas recusassem?

A longa série de processos sobre o último desejo de Nobel começou com a questão sobre o lugar do seu domicílio. Seria a cidade sueca Bofors, onde ele estava registrado como habitante quando morreu? Estocolmo, onde pagava impostos? Ou em Paris, onde viveu longos anos e gozava dos direitos de cidadania local, embora tenha mantido seu passaporte sueco?

A questão era interessante não só por causa do imposto sobre herança, mas também para a validade jurídica do testamento. Por motivos formais, os tribunais franceses teriam declarado o documento inválido. Depois de processos em várias instâncias, foi decidido que o domicílio seria Bofors.

Surgimento da Fundação Nobel

Num próximo passo, o órgão estatal equivalente hoje ao Ministério da Justiça propôs a criação de uma fundação à luz do direito sueco para cuidar do patrimônio de Nobel. O governo real fez as reformas legais necessárias e pediu às instituições mencionadas no testamento que reconhecessem e assumissem as tarefas deixadas por Nobel.

Logo depois, três das quatro instituições deram sua resposta positiva e, ao mesmo tempo, fizeram sugestões para os estatutos da fundação e diretrizes para a concessão dos prêmios. A Academia Sueca de Ciências foi a única entidade que considerou essa tomada de posição inoportuna antes do fim de todos os processos.

Os testamenteiros, as instituições e parentes de Nobel negociaram durante um ano, após o que assinaram um acordo e encerraram todos os processos sobre o testamento. Só então começaram as negociações sobre os estatutos da Fundação Nobel.

Em junho de 1900, ela foi finalmente confirmada e aprovada pelo governo sueco. Os primeiros prêmios foram concedidos em 1901 e, na atualidade, o Prêmio Nobel é uma das distinções mais famosas do mundo.

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