Hoje é Dia: Dom Pedro II, o último imperador do Brasil | Agência Brasil
Pintura de Dom Pedro II – Delfim da Câmara via Wikimedia Commons

DOM PEDRO SEGUNDO

 (Rio de Janeiro2 de dezembro de 1825 – Paris5 de dezembro de 1891) foi o segundo e último monarca do Império do Brasil, tendo reinado o país durante um período de 58 anos. Nascido no Rio de Janeiro, foi o filho mais novo do imperador Pedro I do Brasil e da imperatriz Maria Leopoldina. 

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Conheceu poucos momentos de alegria e amigos de sua idade. Suas experiências com intrigas palacianas e disputas políticas durante este período tiveram grande impacto na formação de seu caráter. O imperador D. Pedro II tornou-se um homem com forte senso de dever e devoção ao seu país e seu povo.

O Brasil também foi vitorioso em três conflitos internacionais sob seu reinado:

Guerra do Prata.

Curso Online de GUERRA DO PRATA (1851-1852) | Buzzero.com

– A Guerra do Uruguai.

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– A Guerra do Paraguai.

Escenas de la Guerra de la Triple Alianza.png

Assim como prevaleceu em outras disputas internacionais e tensões domésticas:

– Um erudito, o imperador estabeleceu uma reputação como um vigoroso patrocinador do conhecimento, da cultura e das ciências.

– Ele ganhou o respeito e admiração de estudiosos como Graham BellCharles DarwinVictor Hugo e Friedrich Nietzsche,

e foi amigo de Richard WagnerLouis Pasteur e Henry Wadsworth Longfellow, dentre outros.

– Dom Pedro II trocou cartas com cientistas, filósofos, músicos e outros intelectuais.

Muitos de seus correspondentes se tornaram seus amigos, incluindo Richard Wagner, Louis Pasteur, Louis Agassiz, John Greenleaf Whittier, Michel Eugène Chevreul, Alexander Graham Bell, Henry Wadsworth Longfellow, Arthur de Gobineau, Frédéric Mistral, Alessandro Manzoni, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco ,James Cooley Fletcher …

As Impressões que o Imperador e Imperatriz do Brasil causaram a Rainha Vitória:

Dom Pedro II e Rainha Vitória em pinturas oficiais
Dom Pedro II e Rainha Vitória em pinturas oficiais – Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons/ Getty Images

Em 1871 durante a primeira viagem que fizeram juntos a Europa, Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina visitaram a Rainha Vitória da Inglaterra, então a monarca mais poderosa do Mundo em um de seus Palácios, a Osborne House na Isle of Wight.

A Rainha anotou em seu diário sua opinião sobre o casal:

Ele é muito alto, largo e robusto, um homem muito bonito, mas muito grisalho, embora tenha apenas 45 anos. A imperatriz, nativa de Nápoles, é muito gentil e agradável, tão simples e despretensiosa, ela tem a estatura baixa e robusta. A imperatriz além de amável é extremamente culta e toca piano melhor do que eu. O imperador anda por toda parte, vê tudo, quer saber sobre tudo um verdadeiro intelectual. Porém não gosta de formalidades, ele levanta as 5 da manhã e já sai às 6 !!, ele falou comigo muito gentil e sabiamente, com o maior apreço por nossas instituições. O Brasil não poderia ter um melhor monarca, fiquei surpreendida com o nível cultural e conhecimentos gerais do imperador, infinitamente superiores aos meus”.

Como Dom Pedro II contribuiu para o avanço da ciência no país (Foto: Wikimedia Commons)
Como Dom Pedro II c (Foto: Wikimedia Commons)

Nasci para consagrar-me às letras e às ciências

– O imperador comentou em seu diário pessoal em 1862. Ele sempre teve prazer em ler e encontrou nos livros um refúgio para a sua posição. Sua habilidade para relembrar trechos que havia lido no passado era notável.

– Os interesses de Dom Pedro II eram diversos, e incluíam astronomia, botânica, antropologia, geografia, geologia, medicina, Direito, estudo de várias religiões, filosofia, pintura, escultura, teatro, música, química, poesia e tecnologia.

– No final de seu reinado, haviam 3 bibliotecas na Quinta de São Cristóvão contendo mais de 1.600.000 livros .

Um auto retrato.

– A Primeira “Selfie” da história do Brasil, não poderia partir de ninguém menos que nosso Imperador Pedro II . Ele posicionou sua câmera fotográfica em uma mesa e com uma corda amarrada a ela, puxou o dispositivo para tirar a foto.

D. Pedro II / UNESCO
Auto retrato feito no Palácio de São Cristóvão, Rio de Janeiro, aproximadamente em 1860, Dom Pedro II, com aproximadamente 35 anos.

– Dom Pedro II era um experimentador, buscava tecnologia.

– Devemos lembrar que a fotografia nesse período necessitava de um tempo longo de exposição para poder acionar e parar em frente ao equipamento.

– Muito pouco se conhece até hoje dos amadores que naqueles primeiros anos teriam praticado a daguerreótipa e os processos subsequentes aqui no Brasil.

– O Imperador, teria sido um dos primeiros brasileiros a possuir e utilizar o equipamento.

-Em 1840, aos 14 anos de idade, D. Pedro II, entusiasmado com a nova invenção apresentada por Compte, encomendou um Daguerreótipo a Felicio Luzaghy de Paris, por 250 mil réis, Foi o primeiro brasileiro a possuir um daguerreótipo, tornando-se assim o primeiro fotógrafo nascido no Brasil.

Daguerreótipo. Foi o primeiro processo fotográfico a ser anunciado e comercializado ao… | Maquina fotografica antiga, Dia mundial da fotografia, Máquina fotográfica
Daguerreótipo

– Ele fez principalmente imagens de paisagens e retratos.

– Mais tarde, já um grande colecionador e um verdadeiro mecenas dessa arte, atribuiu títulos e honrarias aos principais fotógrafos atuantes no país.

– Promoveu a arte fotográfica brasileira e difundiu a nova técnica por todo o país.

– Dom Pedro II foi um entusiasta da fotografia, seja como mecenas seja colecionador.

– Devido ao seu interesse no assunto, implantou e ajudou decisivamente o desenvolvimento da fotografia no país.

– Ao ser banido do país, em 1889, pelos republicanos, doou à Biblioteca Nacional a coleção de cerca de 255 mil fotografias, que então denominou, juntamente com a coleção de livros, de Coleção Dona Theresa Christina Maria.

– Por sediar o Império, o Rio de Janeiro foi a capital da fotografia no Brasil.

– O imperador foi retratado por diversos fotógrafos, dentre eles Marc Ferrez (1843-1923) e Joaquim Insley Pacheco (? – 1912), tendo conhecido praticamente o trabalho de todos eles.

Joaquim Insley Pacheco, Pedro II, Imperador do Brasil, 1883, fotografia. Coleção Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.
Joaquim Insley Pacheco, Pedro II, Imperador do Brasil, 1883, fotografia. Coleção Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

-Tornou-se o primeiro brasileiro fotógrafo quando adquiriu uma câmera de daguerreótipo em março de 1840.

-Criou um laboratório fotográfico em São Cristóvão e outro de química e física.

– Ele também construiu um observatório astronômico no paço. Sendo o patrono da Astronomia no Brasil.

– A cultura do imperador surpreendeu Friedrich Nietzsche quando ambos se conheceram.

– Alexandre Herculano o chamou de um “príncipe cuja opinião geral o considera como o primeiro de sua era graças à sua mente dotada, e devido à sua constante aplicação desse dom para as ciências e cultura.

– Tornou-se membro da Royal Society , da Academia de Ciências da Rússia, das Reais Academias de Ciências e Artes da Bélgica e da Sociedade Geográfica Americana.

– Em 1875 foi eleito membro da Académie des Sciences francesa, uma honra dada anteriormente a somente dois outros chefes de estado: Pedro, o Grande e Napoleão Bonaparte.

– Dom Pedro II cedo percebeu que tinha a oportunidade para utilizar seu conhecimento que havia acumulado em uso prático para o benefício do Brasil.

– O imperador considerava a educação como de importância nacional e era ele mesmo um exemplo do valor do aprendizado, Ele comentou:

Se não fosse imperador, gostaria de ser um professor. Não conheço tarefa mais nobre do que direcionar as jovens mentes e preparar os homens de amanhã.”

– A educação também colaborou no seu objetivo de criar um sentimento de identidade nacional brasileira.

Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas
Dom Pedro II,com a sua querida filha, d. Leopoldina. Ela tinha o mesmo nome da avó paterna. Morreu mto jovem, no exterior.

Seu reino viu

– A criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro para promover pesquisa e preservação nas ciências históricas, geográficas, culturais e sociais.

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Largo do Paço Imperial, onde funcionava, em uma sala, a primeira sede do IHGB. Litogravura (17,4 x 26,5 cm) de I. Ludwig e Briggs (colaboradores), 1845-1846. Domínio público

– A Imperial Academia de Música e Ópera Nacional

Pode ser uma imagem de ao ar livre e monumento
D. Pedro II, construiu o belo prédio neoclássico, onde funciona atualmente o Museu Imperial, teve início em 1845 e foi concluído em 1862. Para dar início à construção, Pedro II assinou um decreto em 16 de março de 1843, criando Petrópolis. Uma grande leva de imigrantes europeus, principalmente alemães, sob o comando do engenheiro e superintendente da Fazenda Imperial, major Julius Friedrich Koeler, foi incumbida de levantar a cidade, construir o palácio e colonizar a região.

– O Colégio Pedro II também foram fundados, o último servindo como modelo para escolas por todo o Brasil.

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O Colégio de Pedro II em detalhe de litografia de 1856 (Crédito: P. Bertichem/Litografia Imperial de Eduardo Rensburg)

– A Imperial Escola de Belas Artes, estabelecida por seu pai, recebeu maior apoio e fortalecimento.

– Dom Pedro II providenciou bolsas de estudo para brasileiros frequentarem universidades, escolas de arte e conservatórios musicais na Europa.

– Ele também financiou a criação do Instituto Pasteur

Nenhuma descrição de foto disponível.

, assim como a casa de ópera Bayreuth Festspielhaus de Wagner, além de outros projetos semelhantes.

– Seus esforços foram reconhecidos tanto em casa quanto no exterior. Charles Darwin falou dele: O imperador faz tanto pela ciência, que todo sábio é obrigado a demonstrar a ele o mais completo respeito.”

– Dom Pedro II, tradutor de mais de 3.000 Livros e Poemas.

– Durante toda sua vida, o Imperador voltou-se especialmente para o aprendizado de idiomas;

Foto edição pertencente ao Canal Apaixonados por história. Para usá-la dê os créditos.

Ele era capaz de falar e escrever não somente em português, mas também em grego, latim, inglês, francês, italiano, provençal (uma língua galo-românica, falada nas fronteiras da França com a Suíça e Itália), alemão, tupi, guarani, hebraico, sânscrito, árabe entre tantas outras.

– Encontra-se, além de suas poesias, as traduções de poemas de Victor Hugo, Leconte de Lisle, Félix Anvers, Henry Longfellow, John Whittier, Alessandro Manzoni, entre outros, num total de 2.176 poemas; traduções de duas canções, dois cantos do Inferno da Divina Comédia e sete cantos religiosos.

– Dom Pedro II adorava traduzir de forma perfeita as maiores obras literárias para o português, e foi o Primeiro a traduzir a obra “Mil e uma Noites” do árabe original para o português do Brasil. A relíquia encontra se na biblioteca nacional de Coimbra em Portugal.

Von Regium on Twitter: "#Vocêsabia ? Apesar de não conseguir terminar, pois faleceu em 1891, o Imperador procurava traduzir fielmente a obra. A tradução das "As Mil e Uma Noites" começou já

– Também se dedicou por 4 anos a tradução da Obra “Odisséia” de Homero do Grego para o Francês e Português.

– Dom Pedro II não traduzia com o objetivo de fama literária, nem mesmo com a ambição de publicar livros. Traduzia por prazer, para treinar o conhecimento e a fluência nos vários idiomas que cultivava.

– Embora sua atividade tradutória esteja inserida em um contexto mais pessoal do que político, as traduções que Dom Pedro II realizou a partir do hebraico adquiriram relevância perante historiadores da cultura judaica que reverenciam a atuação do imperador na preservação da memória do povo judeu.

Alberto Henschel. A Família Imperial reunida. Da esquerda para a direita: d. Antônio, em pé, princesa Isabel, sentada, tendo à sua frente d. Luís, sentado, d. Pedro de Alcântara, príncipe do Grão-Pará, e d. Augusto Leopoldo, ambos em pé; d. Pedro II, sentado, segurando um guarda-chuva, conde d’Eu, em pé, d. Teresa Cristina e d. Pedro Augusto, ambos sentados, 1887. Rio de Janeiro, RJ / Acervo IMS

– D. Pedro II do Brasil e sua esposa, Dona Teresa Cristina, eram verdadeiros amantes da história e da arqueologia. Mantinham em sua residência no Paço de São Cristóvão uma impressionante coleção de artigos que remontavam ao período da América Pré-Colombiana, à antiguidade clássica greco-romana, entre outras civilizações.

– Em 1871, quando Dom Pedro II fazia sua primeira viagem ao império Otomano, o casal de imperadores aproveitou a oportunidade e visitou também as pirâmides no complexo de Gizé e a fabulosa esfinge.

Em 1871, a base da pirâmide de Gizé ainda não havia sido escavada pelos arqueólogos, mas dom Pedro II já estava lá. E registrou o momento, com a imperatriz e especialistas em monumentos e hieróglifos (o Imperador é o primeiro sentado à esquerda) – Foto: Reprodução

– No retorno para o Brasil, o monarca ganhou de presente duas múmias, que adicionou à sua coleção particular na Quinta da Boa Vista.

Caixão lacrado com a cantora-sacerdotisa Sha-amun-em-su, conhecida por entoar cânticos sagrados no templo dedicado ao deus Amon - Divulgação/Museu Nacional
Caixão lacrado com a cantora-sacerdotisa Sha-amun-em-su, conhecida por entoar cânticos sagrados no templo dedicado ao deus Amon Imagem: Divulgação/Museu Nacional

O caixão de Sha-amun-em-su permaneceu por mais de dez anos no gabinete de Pedro 2º, no palácio imperial da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, até a proclamação da República em 1889. 

– Esse valioso acervo integraria mais tarde a vasta exposição do Museu Nacional, que infelizmente pereceu em um incêndio ocorrido no dia 2 de setembro de 2018.

Nasci para consagrar-me às letras, artes e ciências, e, a ocupar posição política preferia sinceramente a de senador à de imperador do Brasil. Se ao menos meu pai ou tivesse um irmão mais velho que imperasse ainda estaria eu há 58 anos com assento no Senado lutando por meus ideais da abolição , ecologia e teria viajado muito mais pelo mundo para conversar com meus amigos Friedrich Nietzsche , Charles Darwin , Graham Bell , Thomas Edison e tantos outros queridos para dividir minhas ideias e resoluções para os problemas de minha terra mãe.“

O lamento acima leva a assinatura de D. Pedro II e faz parte de um diário que escreveu desde 1840 até sua morte em 1891.

– Dom Pedro II, nutria de experiências em viagens, mas em grande maioria pelo território nacional, pois achava mais ético ver de perto os problemas de seu povo.

– Até hoje, Dom Pedro II é o governante que mais vezes visitou o norte e nordeste do país, principalmente para tentar solucionar o problema da seca no interior da caatinga.

– Sempre com sua visão científica de um grande conhecedor dos minerais e da botânica, tentava ajudar nas conclusões dos técnicos contratados.

– Apenas a partir de 1871, quando Dom Pedro II conseguiu a tão sonhada Lei do Ventre Livre (assinada por sua filha a Princesa Isabel), depois de mais de 38 anos de tentativas frustradas, pois suas leis muitas vezes não eram aceitas pelo parlamento formado por conservadores escravagistas. Sentiu um maior alívio para realizar um grande sonho, de viajar em um navio a vapor cruzando o atlântico rumo ao velho mundo tão familiar em suas leituras e estudos.

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NO NAVIO Dom Pedro II (no detalhe) em viagem à Europa ao lado da esposa e de amigos

– Dom Pedro II sempre avesso as pompas monárquicas, muito mais propenso a vida intelectual do que de um chefe de Estado, que ficava extremamente tímido quando era reconhecido e aos fardos das imposições de tantos protocolos.

– Dom Pedro II tentava escapar das honrarias mesmo dentro da Corte

– Para que lhe deixassem em paz e por sua grande ética, sempre bancava suas viagens como um comum mero viajante, com suas economias pois não gastava em luxos comuns aos Barões e Condes da época, e até mesmo com empréstimos a bancos, pois não aceitava retirar dinheiro do governo para tais atividades.

– Sua casaca desgastada e seus empréstimos para sustentar sua família e suas viagens, geravam comentários da mídia e do próprio povo que achava um absurdo um imperador viver como um homem de classe média.

– Em correspondência quase diária com sua filha a Princesa Imperial Dona Isabel, que assumia a regência quando seu pai andava mundo afora, Pedro orgulhou-se de comprar duas vestimentas nos EUA que ficavam prontas no mesmo dia, ressaltando o baixo preço e ignorando o acabamento pouco caprichado, lembrando que uma vestimenta de um barão na época demorava em média 1 mês para ficar pronta ao gosto do cliente com os tecidos e acabamentos mais perfeitos e caros possíveis.

– Dom Pedro II queria camuflar-se como um burguês qualquer, escondendo-se das obrigações da nobreza, Pedro não abria mão da vaidade intelectual.

– Quando visitou o Alto Nilo, no Sudão, ladeado por egiptólogos, escreveu em seu diário, teses de ensaios completos de arqueologia.

Na Europa, correu atrás de seus ídolos:

– Assistiu às experiências do jovem e até então desconhecido doutor Freud

– Foi o primeiro a financiar as pesquisas de Pasteur, inventor da pasteurização, com agradecimento final à Pedro II em final de sua tese.

– Tentou ser recebido por Victor Hugo, mas o escritor e socialista francês era contra a qualquer tipo de monarquia e não o recebeu.

Victor Hugo, por convicções ideológicas radicais, não queria contato com monarcas, porém Pedro não se deu por vencido. Foi a casa do escritor sem ser convidado, na hora do jantar, e o socialista não teve saída se não aceitar a visita.

Os dois viraram amigos íntimos, Victor Hugo confessou seu erro e preconceito a vários jornais franceses e ingleses da época.

Quando Dom Pedro II voltou ao Brasil, Victor Hugo o mandava cartas semanalmente devido a força da amizade que construíram em apenas 3 visitas físicas e este laço de carinho perpetuou por toda a vida.

Diário Imperial

– Dom Pedro II viajou mais de 35 mil quilômetros pelo território dos Estados Unidos, sempre contra os ideais do sul do país que era agrário e escravista.

– Tinha repulsão de ser reconhecido como um imperador escravista , pois muitos na época e até mesmo atualmente não entendem que se tratava de um governo parlamentarista , onde tudo passava pelo Senado e Parlamento , que sempre tinham a última palavra nos inúmeros pedidos de lei que Pedro mandava-os , principalmente para abolição , soluções de amparar os negros libertos , ecologia e redes ferroviárias por todo território nacional , ligando o sul ao norte do império continental .

– Dom Pedro II foi o primeiro e único chefe de Estado brasileiro a visitar o Oriente Médio, até 2010.

A Viagem de Dom Pedro II deflagrou o processo de emigração de árabes para o Brasil, pois ele fez questão de estabelecer grandes relações diplomáticas com diversos países da região, abrindo as portas do Brasil a todos habitantes sem grandes exigências.

– Em uma viagem de trem pela Alemanha , Pedro soube que o filósofo odiado por muitos Friedrich Nietzsche , estava em uma cabine próxima , Dom Pedro II apresentou-se como um cidadão comum e conversou durante 5 horas com filósofo , apenas depois confessou ser imperador do Brasil , quando o radical ouviu a confissão levantou-se , começou a rir e abraçou Dom Pedro II e o disse que nunca imaginaria como um homem tão simples , educado e inteligente , poderia ser monarca de um império tão grande e que a partir daí tentaria não mais julgar com tanta frieza as pessoas antes de ter uma boa conversa .

VÍDEO] Dom Pedro II e o filósofo Friedrich Nietzsche se encontrarão em um filme ⋆ Blogueiros do Brasil
Dom PEDRO II e Friedrich Nietzsche

Nietzsche correspondia se com Dom Pedro II mensalmente dividindo ideias e assuntos íntimos de sua vida afetiva conturbada; Também manteve este contato e admiração até sua morte.

– Era corriqueiro vê-lo caminhar normalmente com seu amigo e médico Conde Mota Maia pelas ruas da Cidade como qualquer senhor de classe média da época.

Nenhuma descrição de foto disponível.

“Estava eu e mui Mota Maia andando pela a rua ouvidor quando lembro em comprar um regalo para meu neto mais moço, escolhi o agrado e fui pagar à senhorita do balcão do estabelecimento comercial, quando lhe entreguei uma nota de réis ela ruborizou-se olhando para nota onde minha velha face estava ao centro da impressão, a jovem olhou para mim e desmaiou em seguida. Mota a examinou e brevemente acordou timidamente, começou a fazer reverências que eu nunca tinha assistido ou recebido. Depois do susto saímos à calçada, avistei flores, peguei um ramo vistoso, voltei à loja e entreguei a simpática senhorita. Hoje foi um dia bom, porém sempre fico reflexivo sobre tais momentos onde fica claro que meu povo ainda me enxerga como um Rei Medieval dos contos que lia quando infante, mas vi admiração e um belo sorriso no rosto belle enfant, foi compensador.”

lamentava o Imperador, num dos raros momentos de desalento, escrevia em seu diário, a data de 10 de janeiro de 1861:

Só muita tristeza, ainda que seja preciso mostrar cara alegre. Muitas coisas me desgostam; mas não posso remediá-las e isso me aflige profundamente.

Se, ao menos, eu pudesse fazer constar geralmente como penso!

Mas, para que, se tão poucos acreditariam nos embaraços que encontro para que se faça o que eu julgo acertado!

Há muita falta de zelo, e o amor à pátria só é uma palavra para a maior parte!

Ver onde está o bem e não poder concorrer para ele senão lentamente, burlando-se muitas vezes os próprios esforços,  é um verdadeiro tormento para o Soberano que tem consciência; mas a resignação é indispensável, para que a influência do Soberano vá produzindo, sem abalos, sempre mãos, seus efeitos desinteressados do que não seja bem público,

alvo necessário do Monarca Constitucional!

Sendo uma Monarquia Parlamentarista!”

-Em Particular a Imperatriz Teresa Cristina sempre foi alvo de jornais e nobres da época por sua simplicidade e falta de capricho em seus trajes e adornos. Sempre muito discreta, só usava suas joias de cunho pessoal, nunca usou as joias do cofre Imperial, as tais “joias da coroa”. A mídia zombava de uma Imperatriz que se vestia como uma senhora de classe média.

Óleo de sua majestade a Imperatriz Dona Teresa Cristina Maria residência dos condes do Pinhal são Carl… | Brasil imperial, Família real brasileira, Família imperial

– A maioria das joias particulares de família foram leiloadas e outras roubadas pelos militares dias após o Golpe de 1889. Já as joias Imperiais foram totalmente saqueadas pelos militares.

– Teresa Cristina foi a maior responsável pelo começo da imigração italiana para o Brasil .

– Teresa Cristina era uma ótima cantora lírica e pianista .

– O Brasil atualmente possui a maior coleção arqueológica das Américas graças à Teresa Cristina .

– Dom Pedro ll doou pouco antes de sua morte muitas de suas possessões para o governo republicano brasileiro, que posteriormente foram divididas entre:

o Arquivo Nacional,

o Museu Imperial,

a Biblioteca Nacional e

o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

– Sua única condição era que esse presente fosse nomeado em homenagem a sua falecida esposa, e assim hoje ela é conhecida como a “Coleção Teresa Cristina Maria”.

– A coleção é registrada pela UNESCO como patrimônio da humanidade no Programa Memória do Mundo.

– O Brasil tinha a maior quantidade e com qualidade de médicos, engenheiros, juízes, diplomatas e advogados das américas entre 1876-1889. As Faculdades brasileiras eram poucas, porém com padrão bem elevado de ensino.

– Pedro II criou uma cota para negros alforriados ingressarem no Colégio Pedro II e nas Faculdades. Essa cota não foi aprovada pelo parlamento

– Pedro II tirou de seus próprios proventos a garantia da cota. No período de 1872 e 1889 centenas de ex-cativos se tornaram médicos, advogados, engenheiros… Graças a chamada “bolsa do imperador”.

– Pedro II: O mais humilde e culto dos imperadores

– Grande parcela de seus súditos aristocratas e burgueses eram imensamente mais ricos do que ele. Na corte, haviam residências muito mais confortáveis e luxuosas que a do imperador, até mesmo destinadas a cientistas, artistas e intelectuais .

– Desde muito cedo, o imperador Dom Pedro II elegera, como credo pessoal, a filosofia de que quanto maior a grandeza de uma alma, mais profunda deveria se tornar a sua humildade. Assim, muitos historiadores apontam que, entre tantas outras virtudes, seu reinado teve como marca a modéstia e a humildade.

– A bandeira nacional brasileira tem entre as cores o verde e o amarelo pois a mãe de Pedro II do Brasil, a Imperatriz Leopoldina idealizou e costurou a primeira bandeira nacional sendo o verde a cor símbolo da casa real dos Bragança e o amarelo da casa real dos Habsburgo . Diferentemente como muitos pensam o verde não representa as matas e o amarelo não representa o ouro.

Ficheiro:BandeiraImperial.jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre

– Pedro II do Brasil é Patrono do Corpo de Bombeiros e da Astronomia

– A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial, Inclusive foi Dona Teresa Cristina que inventou a tão popular coxinha brasileira . De experimentos na cozinha para agradar os netos ainda crianças, nasceu o salgado envolto de massa fina e recheado com frango desfiado temperado com queijo derretido  . Foi um grande sucesso desde a primeira fornada na pequena cozinha da mansão de veraneio em Petrópolis .

Retratos da Imperatriz Dona Teresa Cristina em diferentes fases de sua vida #brasilimperio…” | Brasil império, Retrato, Imperador

– Em 1871, a Imperatriz Teresa Cristina doou todas as suas joias pessoais para a causa abolicionista, deixando a elite furiosa com tal ousadia. No mesmo ano A Lei do Ventre Livre entrou em vigor, assinada por sua filha a Princesa Imperial Dona Isabel.

– (1880) O Brasil era a 6º Economia do Mundo.

– (1860-1889) A Média do Crescimento Econômico era de 8,81% ao Ano.

– (1880) Eram 14 Impostos, atualmente são 198.

– (1850-1889) A Média da Inflação era de 1,02% ao Ano.

– (1880) A Moeda Brasileira tinha o mesmo valor do Dólar e da Libra Esterlina.

Curiosidades sobre o Império Do Brasil | Amantes do Saber™ Amino

– (1880) O Brasil tinha a Quarta Maior e Melhor Marinha do Mundo. Perdendo apenas para Inglaterra, França e EUA.

-(1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.

– (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de Ferro do Mundo, com mais de 28 mil Km.

– A média nacional do salário dos professores estaduais de Ensino Fundamental em (1880) era de R$ 12.958,00 em valores atualizados. ( Ensino Fundamental )

– Entre 1850 e 1890, o Rio de Janeiro era conhecido na Europa como “A Cidade Dos Pianos” devido ao enorme número de pianos em quase todos ambientes comerciais e domésticos.

– O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava camélias, flor símbolo da abolição, sendo sustentado pela Princesa Isabel.

– O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.

120 anos da morte de Carlos Gomes: sucesso e fracasso na ópera da vida | Campinas e Região | G1

– Pedro II tinha o projeto da construção de um trem que ligasse diretamente a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Niterói. O projeto em tramito até hoje nunca saiu do papel.

– Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.

– Em 1884, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.

– Desconstruindo boatos, D. Pedro II e o Barão/Visconde de Mauá eram amigos e planejaram juntos o futuro dos escravos pós-abolição. Infelizmente com o golpe militar de 1889 os planos foram interrompidos.

Pin on Brasil

– Oficialmente, a primeira grande favela na cidade do Rio de Janeiro, data de 1893, 4 anos e meio após a Proclamação da República e cancelamento de ajuda aos ex-cativos.

– Na época do golpe militar de 1889, D. Pedro II tinha 92% de aprovação da população em geral. Por isso o golpe não teve participação popular.

– José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para a proteção da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até mesmo antes na Lei do Ventre Livre , a princesa recebia diariamente ameaças contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes cafeicultores escravocratas.

– O Paço Leopoldina localizava-se onde atualmente é o Jardim Zoológico

Quinta da Boa Vista (Ponto turístico;Rj) | Namoro! Amino

– A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos imóveis da família.

– D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1846.

Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 42 anos.

O Parlamento sempre negava o projeto de lei, pois muitos tinham influências diretas ou indiretas com os grandes cafeicultores escravocratas. Se tratando de uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL PARLAMENTARISTA, o imperador não tinha o poder para decretar leis sem aprovação da maioria do parlamento.

– D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.

Império do Brazil: Funeral de Dom Pedro II

– Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época.

– Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.

– Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.

– D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia em 1876 para a eleição Presidencial, devido sua popularidade quando presidiu a Feira Universal da Filadélfia (na mesma que ele ajudou Graham Bell com seu aparelho reprodutor da voz humana (telefone) a ganhar notoriedade e ficar mundialmente conhecido, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições.

– Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica nativa.

– A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.

– Thomas Edison, Pasteur e Graham Bell fizeram teses em homenagem a Dom Pedro II.

– Pedro II acreditava em teoria de Allan Kardec e Dr. Freud, confiando o tratamento de seu neto Pedro Augusto. Os resultados foram excelentes deixando Pedro Augusto sem nenhum surto por anos.

– D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exilio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.

– Foi um dos primeiros monarcas a oferecer seu real patrocínio a um fotógrafo, quando, em 1851, permitiu que Buvelot & Prat, que haviam realizado uma série de daguerreótipos de Petrópolis – todos desaparecidos – usassem as armas imperiais na fachada de seu estabelecimento fotográfico.

– Dom Pedro II governou o Brasil de 23 de julho de 1840 a 15 de novembro de 1889.

– Em seus quase 50 anos de governo – só superados pelas rainhas Vitória (1819 – 1901) e Elizabeth II (1926 -), ambas da Inglaterra

– o tráfico de escravizados e a escravidão foram abolidos, a unidade do Brasil foi consolidada, as principais capitais brasileiras se modernizaram, a ciência e a cultura se desenvolveram. Sinais, sobretudo estes últimos, de um reinado que, não obstante o conservadorismo escravista dominante, perseguiu sempre uma pauta liberal, humanista e civilizatória.

– Sua quarta viagem ao exterior, foi a mais traumática e violenta possível, se tratava da expulsão da família imperial devido a proclamação da República por meio de um golpe militar com ações pela madrugada enquanto o povo dormia.

– Todos os familiares foram expulsos com a roupa do corpo, a Imperatriz do Brasil Dona Teresa Cristina, não pode nem levar uma maleta com algumas mudas de roupas para trocar no decorrer da viagem.

– Seu neto e grande amigo Pedro Augusto que já sofria de esquizofrenia e tinha melhorado bastante graças as visitas do doutor Freud e ajuda espiritual de discípulos de Allan Kardec, teve um novo surto, talvez o pior de todos de sua vida, tentando jogar se ao mar gritando por socorro e amordaçado por militares a mando de Deodoro.

– Pedro Augusto teve que ser trancado em uma cabine pois não parava de gritar e tremer.

O único que o acalmava era seu avô Pedro II, que entrava na cabine sentava ao chão e o abraçava em prantos, dizendo que tudo ficaria bem.

Aventuras na História · Pedro Augusto, o neto de Dom Pedro II que viveu 41 anos em um manicômio

– Pombos com mensagens e bilhetes de ajuda em garrafas jogados em meio a saída na baía de Guanabara e até mesmo em alto mar, foram inúteis, mesmo com algumas garrafas que chegaram ao litoral carioca, paulista, cearense e baiano

– O povo acordou no dia seguinte, em choque com tropas militares desfilando e espancando a população que já tinha entendido o que estava acontecendo.

– Vários artistas da música, do teatro, jornalistas, escritores, poetas foram exilados para Angola e Amazônia.

Vários artistas e intelectuais da música, do teatro, jornalistas, escritores, poetas foram exilados para Angola e Amazônia por defenderem a permanência de D. Pedro II. Além do começo de uma grande ditatura e o rompimento de todos os processos sociais de melhoria da vida dos recém libertos da abolição e o fechamento dos principais jornais da época que começaram a sofrer severa censura por tempo indeterminado.

– Além do começo de uma grande ditatura e o rompimento de todos os processos de melhoria da vida dos recém libertos da abolição e o fechamento de todos os jornais da época

– Após 2 dias da expulsão da família imperial, todos seus bens foram saqueados pelos militares e outros leiloados por preços irrisórios.

– Dona Teresa Cristina morreu logo após a expulsão

Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias morreu de quê?

Quando a família imperial chegou a Lisboa uma multidão esperava no porto junto com seus familiares, aonde foi oferecido um palácio e uma voluptuosa fortuna e renda mensal para Dom Pedro ll.

Porém eles não aceitaram qualquer tipo de ajuda, mesmo Dom Pedro II tendo o título de Arquiduque de Portugal, Filho do Rei Pedro IV e tio do Rei de Portugal da época, Dom Carlos I.

Dona Isabel, Conde D’eu e seus 3 filhos foram para o Palácio D’eu, de seu pai o Duque de Orleans, na França. Aonde tiveram uma vida confortável diante a fortuna que a família Orleans possuía.

– Abalado com a morte de sua esposa, Dom Pedro II não aceitou a ajuda financeira de seu sobrinho-neto Dom Carlos I, agora rei de Portugal. O Rei lhe ofereceu uma voluptuosa quantia e um palácio para residir sem custos. Mas para o ex-Imperador do Brasil aceitar os presentes do Rei não seria ético.

– Dom Pedro II e Pedro Augusto partiram para o centro de Paris, aonde se hospedaram em um simples hotel de 3 estrelas, pago por um grande amigo de Pedro, o Barão de Loreto.

– Pedro Augusto preferiu ficar em uma casa de uma amiga íntima de Freud, que tinha grande estima pelo rapaz, um lugar maior e mais sossegado para acalmar o sofrido jovem, a casa ficava 3 quarteirões do hotel aonde Pedro se hospedara, então as visitas de seu avô eram diárias, onde levava seu neto aos museus e bibliotecas da cidade luz.

– Dom Pedro II adorava dar aulas na principal biblioteca de Paris para universitários, de história, geografia, botânica, grego e inglês.

– Sua rotina se resumia em acordar bem cedo, preparar suas aulas, ir para biblioteca, visitar exposições, visitar amigos, tomar café pela tarde e ler até 5 livros em uma única madrugada

– Em 1890, uma pneumonia instalou-se em seus pulmões, o limitando a ficar na cama de solteiro de seu quarto, escrevendo seus amados contos e poesias e lendo seus livros preferidos

– Alguns meses após a doença e tratamento sem bons resultados, morrera naquela cama sozinho, com o saco de areia da praia de Copacabana em seu bolso.

D. Pedro II, em sua última fotografia, tirada já morto por Paul Nadar, podemos observar o soberano já bastante envelhecido, apesar de seus 66 anos.
D. Pedro II, em sua última fotografia, tirada já morto por Paul Nadar, podemos observar o soberano já bastante envelhecido, apesar de seus 66 anos.

– O velório foi digno de um imperador da França, devido a tal prestigio que Pedro gozava entre os intelectuais e nobres da Europa.

– Um cortejo de mais de 300 mil pessoas tomou as ruas de Paris, e todas as honras monárquicas foram feitas pelo governo Francês.

– Um fato histórico, pois nunca Paris tinha se mobilizado tanto, nem mesmo por falecimento de governantes locais.

Funeral de D. Pedro II noticiado na capa do Le Petit Journal um dia após sua morte
Funeral de D. Pedro II noticiado na capa do Le Petit Journal um dia após sua morte

– Reis, Rainhas, nobres, burgueses, intelectuais, artistas, filósofos, cientistas, escritores de todo o mundo estavam presentes no velório e no cortejo.

Caixão de Pedro II sendo carregado sobre as escadarias da Igreja da La Madeleine, 1891.
Caixão de Pedro II sendo carregado sobre as escadarias da Igreja da La Madeleine, 1891.

– O Governo Militar Ditatorial brasileiro, revoltou se pelo tamanho da comoção mundial envolta do falecimento de Dom Pedro II.

– Rompendo acordos diplomáticos com a França, Inglaterra e Alemanha.

– Nenhum representante do novo governo brasileiro foi mandado para o enterro do expulso imperador.

– A mídia foi fechada pelos militares no Brasil, não puderam ao menos noticiar o falecimento do monarca.

– A grande maioria do povo brasileiro só soube do acontecido semanas depois.

Pedro Augusto teve um novo surto, desta vez, sem o amparo de seus avós, Sua família paterna os Saxe Coburgo Gota o internaram em um manicômio na Áustria, onde ficou confinado por décadas até sua morte.

Em documentos do manicômio austríaco, registra as que nenhum familiar próximo visitou D. Pedro Augusto até sua morte em 1935, já bem idoso.

– Os Filhos de Dona Isabel e Conde D’eu, casaram se com nobres europeias e formaram seus próprios clãs na França, Alemanha e Inglaterra.

– Dona Isabel, faleceu em 1921 e seu marido em 1922, deixando a fortuna da família Orleans para seus filhos e o sobrenome Orleans e Bragança, que garantiria um futuro seguro para as próximas gerações na Europa.

– O Conde D’eu foi o último membro da família imperial a pisar em solo brasileiro.

Gastão de Orléans, Conde d'Eu – Wikipédia, a enciclopédia livre

– Por comemoração da Independência do Brasil , o governo convidou a princesa Isabel e seu marido para o evento em 1922 , mas a princesa imperial do brasil dona Isabel ( Condessa D’eu ) já estava com a saúde muito debilitada , então o Conde seguiu viagem e recebeu muito carinho de pessoas que ainda eram vivas da época imperial , o próprio Príncipe de Orleans se emocionou várias vezes visitando o paço Isabel ( atual palácio Guanabara ) ele disse

“tudo está tão diferente mas minha alma e de Isabel continuarão sempre aqui” .

– O Presidente Getúlio Vargas, permitiu em 1939 o translado dos restos mortais de D. Pedro II e Dona Teresa Cristina, para o Mausoléu Imperial, uma capela localizada à direita da entrada da Catedral de Petrópolis.

Jornal noticiando a chegada dos despojos de Dom Pedro II e sua esposa, ao Brasil
Jornal noticiando a chegada dos despojos de Dom Pedro II e sua esposa, ao Brasil

– O túmulo foi esculpido em mármore de Carrara pelo francês Jean Magrou (1869 – 1945) e pelo brasileiro Hildegardo Leão Veloso (1899 – 1966)

– Dom Pedro II doou pouco antes de sua morte muitas de suas possessões para o governo republicano brasileiro, que posteriormente foram divididas entre o Arquivo Nacional, o Museu Imperial, a Biblioteca Nacional e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Sua única condição era que esse presente fosse nomeado em homenagem a sua falecida esposa, e assim hoje ela é conhecida como a “Coleção Teresa Cristina Maria”.

A coleção é registrada pela UNESCO como patrimônio da humanidade no Programa Memória do Mundo.

A Coleção Dona Teresa Cristina Maria é a maior coleção de fotografias do século XIX no mundo !

Visitem a Biblioteca Nacional RJ !

“COLLECÇÃO D. THEREZA CHRISTINA MARIA’

Colleção D. Thereza Christina Maria | blogdabn

– D. Pedro II não permitiu nenhuma medida contra sua remoção e não apoiou qualquer tentativa de restauração da monarquia. O imperador deposto passou os seus últimos dois anos de vida no exílio na Europa, vivendo só. Algumas décadas após sua morte, sua reputação foi restaurada e seus restos mortais foram trazidos de volta ao Brasil em meio a amplas celebrações.

O Mausoléu Imperial é uma pequena capela situada à direita do adro da Catedral de São Pedro de Alcântara, na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Abriga os restos mortais do Imperador D. Pedro II do Brasil, de sua esposa, a Imperatriz D. Teresa Cristina Maria de Bourbon, de sua filha, D. Isabel de Bragança, Princesa Imperial do Brasil e de D. Gastão de Orléans, Conde d'Eu e Príncipe Imperial Consorte do Brasil, além das tumbas do príncipe Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e de sua esposa D. Elisabeth Maria Adelaide Dobrzensky de Dobrzenicz.
O Mausoléu Imperial é uma pequena capela situada à direita do adro da Catedral de São Pedro de Alcântara, na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Abriga os restos mortais do Imperador D. Pedro II do Brasil, de sua esposa, a Imperatriz D. Teresa Cristina Maria de Bourbon, de sua filha, D. Isabel de Bragança, Princesa Imperial do Brasil e de D. Gastão de Orléans, Conde d’Eu e Príncipe Imperial Consorte do Brasil, além das tumbas do príncipe Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança e de sua esposa D. Elisabeth Maria Adelaide Dobrzensky de Dobrzenicz.

FONTES:

  • Diário de Pedro II (Biblioteca Nacional RJ e Acervo de pesquisa do Museu Imperial de Petrópolis RJ)

  • As Barbas do Imperador – D. Pedro II, um monarca nos trópicos, Lilia Moritz Schwarcz

  • Brasil: uma biografia, Heloisa Maria Murgel Starling

  • Imperador Cidadão, Roderick J. Barman

  • Pedro II, José Murilo de Carvalho

  • COLEÇÃO D. THEREZA CHRISTINA MARIA, BIBLIOTECA NACIONAL

  • https://www.facebook.com/PedroIIBrasil

  • EQUIPE PEDRO II DO BRASIL 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

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