Marighella
É um filme brasileiro de 2021, dirigido por Wagner Moura, baseado na vida de Carlos Marighella. O filme, adaptado da biografia Marighella – O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo, de Mário Magalhães, é o primeiro de Moura como diretor e conta com Seu Jorge como protagonista, Adriana Esteves, Bruno Gagliasso e Humberto Carrão, entre outros. Ele estrearia nos cinemas brasileiros em 20 de novembro de 2019, dia nacional da Consciência Negra, porém foi adiado para 2020 devido a problemas com a Agência Nacional do Cinema. Devido a pandemia de COVID-19 o filme foi adiado novamente.[ Está programado para ser lançado nos cinemas pela Downtown Filmes/Paris Filmes em 4 de novembro de 2021.
Elenco
-
Seu Jorge: Marighella
-
Adriana Esteves: Clara
-
Bruno Gagliasso: Lúcio (Sérgio Paranhos Fleury)
-
Luiz Carlos Vasconcelos: Almir (Joaquim Câmara Ferreira)
-
Humberto Carrão: Humberto
-
Jorge Paz: Jorge (Virgílio Gomes da Silva)
-
Bella Camero: Bella
-
Herson Capri: Jorge Salles
-
Henrique Vieira: Frei Henrique (Fernando de Brito)
-
Ana Paula Bouzas: Maria
-
Adanilo: Danilo
-
Ana Paula Bouzas: Ana
-
Tuna Dwek: Ieda
-
Guilherme Lopes: Crespo
-
Rafael Lozano: Rafael
-
Charles Paraventi: Bob
-
Brian Townes: Wilson Chandler
-
Leonardo Lacerda: Fausto
Marighella estreou no 69° Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 14 de fevereiro de 2019, fora da competição pelo Urso de Ouro. A crítica alemã vê mitificação no filme, uma ‘Epopeia cansativa’, diz RBB.
Diversas fontes reportaram que robôs foram utilizados para diminuir a avaliação do filme no site IMDb. Em resposta, o IMDb desativou as avaliações na página, que contava com mais de 15 mil avaliações, mesmo sem ter sido lançado nos cinemas.
O filme também atraiu controvérsias políticas. De acordo com a crítica do Hollywood Reporter, “Wagner Moura apresenta o personagem de Mariguella como um herói e mártir da democracia e dos valores liberais, embora, na realidade, Mariguella fosse um marxista de extrema-esquerda”, e que “Nos padrões atuais, muitos o considerariam um terrorista”. Além disso, a etnia de Marighella também foi debatida. No filme, Moura o retrata como um negro, o que levou a diversas críticas de simpatizantes da direita, pois, apesar de ter mãe negra da etnia Hauçá, o pai de Marighella era italiano. Em resposta, Moura argumentou que
“não há como discutir qualquer questão social no Brasil sem falar sobre questões raciais. Para mim, Marighella tinha que ser negro.”
Wagner Moura
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/static/images/mobile/copyright/wikipedia-wordmark-fr.svg
4 de novembro de 2021 No cinema / 2h 35min / Drama, Biografia, Histórico
Direção: Wagner Moura
Roteiro Felipe Braga, Wagner Moura
Avaliação: 7,8
SINOPSE
Neste filme biográfico, acompanhamos a história de Carlos Marighella, em 1969, um homem que não teve tempo pra ter medo. De um lado, uma violenta ditadura militar. Do outro, uma esquerda intimidada. Cercado por guerrilheiros 30 anos mais novos e dispostos a reagir, o líder revolucionário escolheu a ação. Marighella era político, escritor e guerrilheiro contra à ditadura militar brasileira.
VEJA 5 CURIOSIDADES SOBRE O FILME ‘MARIGHELLA’
‘Marighella’, dirigido por Wagner Moura, conta história do inimigo N° 1 da ditadura militar
Isabela Barreiros | @isagbarreiros
O tão aguardado filme “Marighella“, que assinala pela primeira vez Wagner Moura como diretor, estreará no Brasil na semana que vem, no dia 4 de novembro de 2021, após uma série de adiamentos causados pela pandemia de covid-19 bem como por polêmicas.
Pronto desde 2019, o longa-metragem já conta com uma excelente recepção da crítica especializada; quando teve sua estreia mundial, em fevereiro de 2019, durante o Festival de Berlim, foi aplaudido de pé pelo público que o assistia.
Pensando no lançamento da produção, o site Aventuras na História separou 5 curiosidades sobre “Marighella“.
1. Sobre o filme
Com Wagner Moura na direção, o filme é inspirado na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães sobre o guerrilheiro, “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo” (2012). Quem assina o roteiro da produção é Felipe Braga e o próprio diretor.
Para viver Marighella, contamos com Seu Jorge, mas no elenco ainda existem outros nomes de peso como Adriana Esteves e Bruno Gagliasso, que interpreta um dos torturadores da ditadura militar na trama.
Os últimos cinco anos de vida do homem considerado “inimigo número 1” da ditadura militar serão retratados na produção.
Político, escritor e guerrilheiro, Carlos Marighella fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN) e foi um dos mais importantes nomes da luta armada contra o autoritarismo no Brasil entre 1964 até sua morte, em 1969.
2. Obstáculos com a Ancine
Em agosto deste ano, “Marighella” viu-se obrigado a ter sua data de estreia adiada após a Agência Nacional do Cinema arquivar o projeto que compreendia o lançamento comercial do longa-metragem.
O caso aconteceu após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que desejava aumentar o controle sobre a agência de cinema para estabelecer algum “filtro” sobre as produções audiovisuais brasileiras.
A produtora O2, responsável pelo filme, esclareceu que “não conseguiu cumprir a tempo todos os trâmites exigidos pela Ancine (Agência Nacional do Cinema)” para conseguir obter uma verba pública que permitisse a distribuição da produção.
“A Ancine censurou o filme. É uma censura diferente, que usa instrumentos burocráticos para dificultar produções das quais o governo discorda. Não tenho a menor dúvida de que ‘Marighella‘ não estreou ainda por uma questão política”, disse Wagner Moura sobre a situação em uma entrevista em janeiro do ano passado.
3. Ataque no IMDb
O confronto com o governo brasileiro não foi a única polêmica na qual o filme esteve envolvido. Mesmo antes de estrear no Brasil, uma campanha de internautas de direita boicotou a produção no IMDb, a Internet Movie Database.
“Marighella” recebeu cerca de 46 mil avaliações e estava com uma nota abaixo de 4, o que fez com que o site mudasse a forma de avaliação do longa-metragem ao perceber uma “atividade de avaliação incomum para este título”. Em nota, o IMDb explicou o novo cálculo:
“A forma mais simples de explicar é que, apesar de aceitarmos e considerarmos todas as notas enviadas por usuários, nem todas elas têm o mesmo impacto — ou peso — na média final. Quando uma atividade incomum é detectada, nós alteramos os pesos desse cálculo.” IMDb,
4. Crítica internacional
Já no Rotten Tomatoes, que agrega críticas de cinema e televisão, a cinebiografia sobre o guerrilheiro conquistou 88% de aprovação ao receber oito avaliações, que contaram com inúmeros elogios da imprensa especializada internacional.
Nas análises, alguns dos destaques feitos pelos críticos foram a qualidade fílmica de “Marighella“, a urgência narrativa da obra e o elenco de peso que consolidou uma “estreia emocionante e altamente segura”.
No entanto, o filme foi acusado de não ser “ético” e ser imparcial por outros avaliadores, que consideraram a produção como um “retrato carregado de testosterona da insurreição armada como um caminho glorioso para o martírio”.
5. Vai virar minissérie
Depois de ter a estreia barrada nos cinemas brasileiros muitas vezes, “Marighella” finalmente será lançado na próxima quinta-feira, 4 de novembro. Mas Wagner Moura já revelou que têm outros planos para a produção.
A verdade é que a história já foi gravada com a intenção de funcionar em dois formatos: o longa-metragem, para os cinemas, e uma minissérie, que contará com quatro capítulos e deverá ser lançada na televisão pelo menos um ano depois da estreia nas telonas.
Esse tipo de “duplo formato” para produções não é uma novidade para lançamentos do selo Globo Filmes. “O Auto da Compadecida” (2000) e “Alemão” (2014) também foram lançados tanto como filmes quanto como séries para TV.
Fonte:
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/