Foi um ano único para o cinema. Houve grande quantidade de blockbusters e diversas comédias que se destacaram, mas alguns dos filmes mais marcantes foram cinebiografias e documentários. A seguir, com pouco tempo para acabar o ano, reunimos alguns dos títulos obrigatórios. Recomendamos com ênfase que você veja um ou dois neste período de festas. Siga na galeria para saber mais.
Vingadores; Ultimato / Avengers: Endgame
Com uma avaliação positiva de 94% no Rotten Tomatoes, o épico colocou todo o aparato de figuras da Marvel juntas para uma batalha final. Como observou Peter Travers na Rolling Stone: “não espere o típico final feliz. Apenas prepare-se para se surpreender”. O filme é hoje a maior bilheteria de todos os tempos no cinema.
The Peanut Butter Falcon (sem título brasileiro)
Não é o filme de aventura com amigos definitivo de 2019, mas tem a melhor reviravolta, escreveu Sheila O’Malley em sua resenha para o RogerEbert.com. “Zac é um homem com a Síndrome de Down que foi colocado em um internato por não ter nem família e nem recursos”, ela escreveu. Zac consegue fazer amizade com aqueles com quem convive e os resultados são lindos. “Clichês à parte, tem alguma coisa gestada em The Peanut Butter Falcon, algo excêntrico e exuberante”, acrescentou O’Malley. Inclui uma das atuações mais impressionantes por alguém com necessidades especiais já vistas no cinema.
As Loucuras de Rose / Wild Rose
“Jessie Buckley emociona como uma mãe solteira trabalhadora de Glasgow, que aspira a ser cantora country e não tem medo de cara feia”, escreveu a NOW Toronto, motivo pelo qual o filme é tão incrivelmente fácil de gostar. Muitos chamaram a produção—avaliada positivamente com um número de 93% no Rotten Tomatoes—uma evolução do gênero “nasce uma estrela”.
The Last Black Man in San Francisco (sem título brasileiro)
O filme é baseado em uma história real e estreou no Festival Internacional de Toronto, gerando críticas positivas. “Jimmie Fails se apaixona pela casa Vitoriana construída por seu avô no distrito de Fillmore, em San Francisco. Quando os atuais ocupantes deixam a casa, Jimmie e seu amigo Mont tentam reformar e reocupar o espaço que Jimmie considera sua casa, apesar do preço proibitivo de viver no local e do rápido processo de gentrificação do bairro”. O filme acaba sendo uma carta de amor a uma cultura em processo de extinção no ambiente urbano.
Hail Satan? (Sem título brasileiro)
O que acontece quando um cineasta segue um grupo de adoradores de Satã? Um documentário com excelentes resultados. “Como uma aula de história tão esclarecedora quanto lúcida, Hail Satan? entrega inquestionável valor. Mas também serve como um lembrete do porquê nos entregamos à inconformidade, pluralismo e tolerância. Não é necessário observar filmes com punks, rebeldes, livres-pensadores e artistas com performances panfletárias como heróis para admirar sua disposição em marcar uma posição. Mesmo em seu mais distante polo, ainda são uma parte inalienável da American way”, escreveu no The Washington Post Ann Hornaday sobre o filme.
Echo in the Canyon (Sem título brasileiro)
Os fãs de boa música vão adorar a história sobre como bandas como The Byrds, The Mamas and the Papas, The Beach Boys e Buffalo Springfield criaram o movimento musical que mudou o folk rock. O filme não faz nenhuma grande revelação, mas joga luz sobre muitas histórias engraçadas e lendárias sobre a época da música em que aqueles artistas viveram.
A Beautiful Day in the Neighborhood (sem título brasileiro)
Tom Hanks. Interpretando Mr. Rogers. Não há maneira pela qual o ator mais legal de Hollywood encarnando a pessoa mais legal do bairro não daria em um filme adorável. A resenha do The Guardian chamou a produção de “comovente e cativante ruptura com a tradicional cinebiografia”.
Fora de Série / Booksmart
Muitos resenhistas acreditam que o filme sobre vida escolar dirigido por Olivia Wilde (sim, a atriz) é um dos melhores do ano. É o que se poderia esperar de uma trama sobre amadurecimento, com algumas reviravoltas divertidas. A.O. Scott, do The New York Times, chamou ele de assertivo sem ser cruel, cálido sem dar a sensação de ser confuso, ao mesmo tempo liderando uma reinvenção do gênero. “O diálogo rápido e perfeito é marcado por momentos de brilhante esmero conceitual: sequências animadas e subaquáticas; saltos de filmes de terror; teatro imersivo”, acrescentou.
Meu Nome é Dolemite / Dolemite Is My Name
Há um motivo pelo qual este filme sobre o show-business dos anos 1960 é tão agradável, engraçado e singular. The Washington Post explicou: “Em uma ode debochada, irreverente, extrovertida e generosa à comédia, Eddie Murphy interpreta o papel do humorista do título, com o tipo de comprometimento e petulância que o tornaram não apenas um dos mais bem-sucedidos atores mas também um gênio do seu gênero há 30 anos. Ele voltou em uma atuação tão grandiosa e opulenta que quase extravasa de dentro da tela”.
Born in China / One Child Nation
O título do documentário já entrega sobre o que é o filme: um retrato da política de filho único conduzida pela China. Paul Asay chamou a produção de “poderoso, difícil e em alguns sentidos, contraditório documentário”, enquanto o Wall Street Journal disse que é um filme que precisa ser visto. Ele recebeu uma avaliação praticamente perfeita no Rotten Tomatoes.
Honeyland (Sem título brasileiro)
Com um título que lembra doce, os cinéfilos se surpreenderiam ao saber que não é nada disso. O documentário foi filmado no Norte da Macedônia e segue a jornada de um apicultor cuja vida (e obra) é perturbada quando os piores vizinhos possíveis chegam para morar ao lado. “Honeyland é realmente uma obra milagrosa, filmada ao longo de três anos como que por uma câmera invisível—não tem nada que se perca na direção dos produtores”, escreveu o The Guardian.
Entre Facas e Segredos / Knives Out
Se você gosta de suspense com mistério, este filme de 2019 é feito para você. A trama gira ao redor da morte de um homem idoso, interpretado por Christopher Plummer, e as tentativas de sua família para tentar encontrar o assassino. O elenco é cheio de estrelas, cada ator e atriz entrega momentos de enorme qualidade dramática. “Contando em miúdos, o filme é vibrante, colorido e divertido, com reviravoltas abundantes”, notou o Express.
Amazing Grace (Sem título brasileiro)
Quando um filme recebe 99% de avaliações positivas no Rotten Tomatoes e um crítico de filmes chama ele de “transcendente”, você pode apostar que precisa vê-lo. Amazing Grace mostra o melhor de Aretha Franklin—em um show e em uma sessão no estúdio em 1972.
A Gente se Vê Ontem / See You Yesterday
Quando dois adolescentes perdem um irmão mais velho usam uma invenção caseira para ir “De Volta para o Futuro” e ver se conseguem salvar sua vida. O filme é triste, bruto e incrivelmente tocante. “No âmago, A Gente se Vê Ontem é uma história sobre luto e a pergunta que inevitavelmente muitos enlutados se fazem: Será que eu poderia ter feito alguma coisa para evitar a morte do meu ente querido?”, escreveu The New York Times.
The Farewell (Sem título brasileiro)
Há grande beleza neste conto de uma família que se reúne para dizer adeus à matriarca (que não tem noção de que está morrendo), é difícil de resumir em poucas frases. Joe Morgenstern fez o melhor resumo: o filme é “divertido, emocionalmente intrincado e profundamente comovente, com conexões interrompidas e a renovação de laços familiares”. Outros disseram que é o papel que eleva Awkwafina ao estrelato.
O Farol / The Lighthouse
“O Farol é um exemplo luminoso do impacto que um filme pode ter, mesmo quando é realizado com os mais modestos recursos financeiros e físicos”, escreveu Joe Morgenstern, do Wall Street Journal, sobre a história de dois homens, interpretados por Willem Dafoe e Robert Pattinson. Os dois vivem uma dupla de faroleiros que luta para manter a sanidade na vida em uma ilha remota.
The Beach Bum (sem título brasileiro)
Algumas pessoas amaram o filme, estrelando Matthew McConaughey como um maconheiro boa vida que vive bebendo cerveja e se vê forçado a mudar por causa de um acidente, outras odiaram. Mas o importante é que, em 2019, todo mundo precisa de uma distração das tragédias globais. “Harmony Korine apresentou o filme dizendo que tinha feito algo para reagir ao que aconteceu em 2016 na forma que tem como objetivo um olhar mais apurado daquele ‘momento de satisfação’, escreveu o resenhista Brian Tallerico da RogerEbert.com. “E, ao mesmo tempo que isso pode não soar como um mote suficiente de filme comercial… [o filme] acontece nunca perdendo o seu tom de que o que importa é o que é importante para você”.
Apollo 11
The Guardian se derramou em elogios pelo filme, chamando de documentário eletrizante para marcar os 50 anos desde o primeiro pouso na lua. A produção usou imagens inéditas para mostrar os bastidores da missão histórica da NASA.
Pássaros de Verão / Birds of Passage
Há tantas críticas positivas sobre a história, que trata das origens dos grupos criminosos do tráfico colombiano, que é difícil escolher uma só. The New York Times até chamou o filme de “épico” e disse se tratar de uma obra que abrirá os olhos das pessoas.
John Wick 3: Parabellum / John Wick: Chapter 3 — Parabellum
A série de filmes de ação com Keanu Reeves no papel principal ficou ainda mais maluca em 2019, ao aumentar “o volume do dial ainda mais, aprofundando a mitologia das lutas e entregando combates tipo “bushido” ainda mais inventivos e bem talhados”, notou Nick De Semlyen, da Empire. Fez quase US$ 325 milhões na bilheteria.
The Mountain (sem título brasileiro)
NPR disse que o filme é “meio de horror”, e traz Jeff Goldblum como um lobotomista que enlouquece e empolga. “O que o filme faz […] de maneira brilhante, é capturar a forma perturbadora e sinistra na qual a sociedade pune os dissidentes e os que não se conformam por interferirem na visão cuidadosamente construída do que deve ser a sanidade. Se o vosso lobo frontal vos ofende, cortai-o fora”, escreveu Andrew Lapin.
Era uma Vez em Hollywood / Once Upon a Time in Hollywood
Quentin Tarantino ressurgiu com uma ode ao cinema de Hollywood nos anos 1960, estrelando Brad Pitt, Leonardo DiCaprio e Margot Robbie. Brian Tallerico, resenhista de cinema de RogerEbert.com, deu quatro estrelas à produção.
Toy Story 4
“O novo filme não é perfeito, mas é muito agradável e dialoga com uma dinâmica encantadora, servindo a um tema em nada menor que o viver e o mistério da vida”, escreveu Joe Morgenstern, do Wall Street Journal, em sua resenha do quarto filme da série de sucesso—entre outros muitos críticos entusiasmados. O filme faz você se sentir bem, enquanto acompanha a jornada dos brinquedos em busca dos seus objetivos existenciais.
Nós / Us
Muitas pessoas esperavam que o segundo filme de Jordan Peele superasse o primeiro, Corra!, em grandeza, mas comparar os dois implica em ignorar o quão genuinamente apavorante e obrigatório de ver é o segundo. The Atlantic declarou que a atuação de Lupita Nyong’o é eletrizante, ao mesmo tempo notando, de maneira precisa, que o filme oferece uma “reflexão sobre o poder terrível da conexão humana”.
Parasita
Toda a família de Ki-taek está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos.
Coringa
Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana, precisa comparecer a uma agente social, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante.