MINUTO ROCK – The Smiths

Carlos Braz é agitador cultural e historiador. Idealizador do Festival Freakshow e toca na banda Iguanas.

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MINUTO ROCK

The Smiths

Uma luz que nunca se apaga

Por Carlos Braz

Poucas bandas no mundo podem se orgulhar de ter deixado uma discografia perfeita, sem erros, sem críticas negativas, respeitada pelo público e pela crítica especializada. Acredito que no máximo cinco bandas tenham conseguido essa importante façanha, e uma delas foi The Smiths.

A banda surgiu em Manchester, 1982. Formada por Morrissey (vocal), Johnny Marr (guitarra), Andy Rourke (baixo) e Mike Joyce (bateria). A banda lançou 4 álbuns e diversos singles, todos pela Rough Trade, cultuada gravadora independente. Com os 3 primeiros álbuns conquistaram o sucesso no Reino Unido, em seguida, com o lançamento do clássico disco “The Queen is Dead”, de 1986, conseguiram o sucesso mundial. Idolatrada por fãs e pela crítica, com apenas 5 anos de atividade, se tornou símbolo do rock inglês, uma das principais representantes do rock dos anos 80, do indie rock, e provavelmente, a mais respeitada da sua época.

A parceria de Morrissey e Johnny Marr é uma das mais conhecidas no mundo do rock, com uma química rara, que só encontra precedentes em nomes como, Lennon / McCartney.

Dono de um estilo e timbres inconfundíveis, Johnny Marr criou músicas marcantes e atemporais, capazes de soar novas para quem as ouve nos dias atuais, 36 anos após terem sido compostas e lançadas. Enquanto Morrissey, além de ter uma das mais belas vozes do rock, é um exímio letrista, influenciado pela literatura inglesa, especialmente, pelo brilhante Oscar Wilde.

A discografia da banda teve início em 1984, com o álbum homônimo. No mesmo ano lançaram “Hatful of Hollow, uma coletânea com versões de estúdio e gravações alternativas em apresentações de rádios.  Em 1985 foi lançado o segundo álbum oficial, “Meat is Murder”. As letras ganharam forte teor político, o álbum atingiu o número 1 em vendagens no Reino Unido. Em 1986, chegava ao mercado o disco “The Queen is Dead”, clássico da banda, que garantiu o sucesso mundial. O álbum ficou 22 semanas no UK Albums Chart, chegando a segunda posição. Desde o lançamento até os dias atuais, o álbum permanece aclamado pela crítica, sendo considerado um dos mais marcantes dos anos 80 e listado como um dos melhores álbuns de todos os tempos. Em 1987, “Strangeways, Here We Come” foi lançado. O ano marcou o fim da curta e gloriosa carreira da banda.