MARCELO LAFFITTE

Marcelo Laffitte, nasceu em 23 de setembro 1963, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro,

ingressou no cinema como assistente de produção em Bete Balanço, dirigiu curtas-metragens premiados no Brasil e no exterior  e fez v documentários

Cineasta, documentarista e roteirista brasileiro diretor, produtor e agitador cultural

Ele gostava de se definir como “um realizador”. Não só de filmes, mas também de eventos, exposições, projetos, atos políticos. 

Foi presidente da ABD Nacional
(Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-Metragistas), foi diretor do Congresso Brasileiro de Cinema no biênio 2002/2003 e membro titular do Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual do MinC na gestão de Gilberto Gil.

Estreou na direção de longa-metragem em 2010, com Elvis & Madona, filme de enorme sucesso nos mais de 50 festivais nacionais e internacionais por onde circulou, recebendo mais de 40 prêmios, entre eles o de
Melhor Roteiro no Festival do Rio 2010.

Foto: zimbio.com

ingressou no cinema como assistente de produção. Exerceu funções técnicas em vários filmes, como assistente de direção diretor de produção. Dirigiu curtas premiados, antes de começar a dirigir seus documentários,Em 2002, ajudou a fundar e presidiu a Associação Brasileira de Documentaristas, foi presidente da ABD&C/RJ e, entre 2003 e 2005, da ABD, e membro titular do Conselho Consultivo da Secretaria do Audiovisual do MinC na gestão de Gilberto Gil.

PRODUTOR

1984 – Bete Balanço (Assistente de Produção)

1998 – Vox Populi (Curta) (Produtor Executivo)

2000 – Aleijadinho – Paixão, Glória e Suplício (Produtor)

2001 – O Xangô de Baker Street (Produtor de Linha)

2003 – Nevasca Tropical (Curta) (Produtor de Linha)

2005 – Regatão, O Shopping da Selva (Documentário) (Produtor Executivo)

2006 – Fúria (Short) (Produtor)

2007 – Ópera Curta (Curta) (Produtor Executivo)

2010 – Elvis & Madona (Produtor)

DIRETOR

1998 – Vox Populi (Curta)

2002 – Banquete (Curta)

2005 – Regatão, O Shopping da Selva (Documentário) (Co-Diretor)

2006 – Um Dia Um Circo (Documentário)

2006 – Fúria (Curta)

2007 – Ópera Curta (Curta)

2010 – Elvis & Madona

Marcelo Laffitte – Movies, Bio and Lists on MUBI

 ROTEIRISTA

1998 – Vox Populi (Curta) (Roteirista)

2002 – Banquete (Curta)

2006 – Um Dia Um Circo (Documentário)

2006 – Fúria (Curta)

2007 – Ópera Curta (Curta)

2010 – Elvis & Madona

 EDITOR

1998 – Vox Populi (Curta)

2006 – Fúria (Curta)

2007 – Ópera Curta (Curta)

SEGUNDO DIRETOR

1985 – Rei do Rio

2004 – Araguaya – A Conspiração do Silêncio

FILMES

Stream Marcelo Laffitte music | Listen to songs, albums, playlists for free on SoundCloudEle se definia como “um realizador”. Não só de filmes, mas também de eventos, exposições, projetos, atos políticos

Com a palavra, Marcelo Laffitte:

“Minha primeira vontade foi de criar uma lista com os filmes de que mais gosto. Contudo, além de serem muitos, um filme que me agrada não é necessariamente um farol para mim. Então, esta lista é dos 10 filmes que mais mudaram a minha vida.

                                          Marcelo Laffitte

Tom & Jerry
Foi quando entrei pela primeira vez numa sala de cinema e me tornei um frequentador assíduo. No principal cinema da minha cidade, Volta Redonda, havia a matinê Tom & Jerry todo domingo às 10 horas. As filas eram gigantescas, com 600, 700 crianças, e o privilégio de estar lá era um poderoso instrumento de chantagem psicológica para todos os pais (“se brigar com seu irmão, não vai ver Tom & Jerry”). Pensando hoje, além de ser aplicado e viciado no prazer coletivo da sala escura, vejo que também foi um excelente exercício de linguagem cinematográfica, visto que todas as animações curtas que formavam a sessão eram mudas, permitindo que nos sentíssemos todos muito inteligentes entendendo as expressões, intenções, elipses, flashbakcs, etc. Os filmes de Charles Chaplin, Harold Lloyd e Buster Keaton que vi na TV também tiveram a mesma importância.
Meu Pé de Laranja Lima, de Aurélio Teixeira
Foi a primeira vez que chorei por um filme. Ao final, entendi que o cinema não era só diversão; ele poderia também questionar as relações humanas e familiares que começavam a nos incomodar enquanto seres pensantes (“meu pai é bravo, minha mãe é chata”).

Poucas Palavras: Marcelo Laffitte - Vertentes do Cinema

O Homem do Sputnik, de Carlos Manga
Não vi essa comédia no cinema. Vi na TV, nas sessões da tarde da Tupi, Excelsior ou Globo, onde as chanchadas brasileiras com Grande Otelo, Ankito & Cia. disputavam território com Jerry Lewis, John Wayne e Elvis Presley. Para grande parte da minha geração, essas sessões serviram como uma espécie de vacina contra a filmebrasileirofobia que assolou o país a partir dos anos 1980.
Tommy – O Filmede Ken Russell
Assisti umas cinco vezes. Foi a minha iniciação nos papos-cabeça pós-filme e, principalmente, no universo do rock. A partir deste filme, comecei uma pequena coleção que contava com LPs de Led Zeppelin, Deep Purple, Pink Floyd e Rick Wakeman.
Minha Namorada, de Zelito Viana e Armando Costa
No final dos anos 1970, eu andava com a turma de artistas de Volta Redonda. Um dia, eles organizaram o evento Chamada Geral, que era uma semana de noites artísticas de todas as áreas. Alguém lembrou que faltava o cinema e eu, que não sabia tocar violão, não era poeta e nem sabia interpretar, me ofereci para cuidar da sessão de cineclube. Era preciso um filme longa-metragem em 16mm, e tive meu primeiro contato com a Embrafilme. Fiz uma vaquinha com os amigos e consegui alugar Minha Namorada. Não sei não, mas acho que a minha escolha de curador foi o que o nosso dinheiro poderia pagar, e com certeza, haveria cena de mulher pelada. Peguei um ônibus, vim ao Rio, paguei em dinheiro e trouxe as latas 16mm debaixo do braço. Depois da sessão, que foi um fracasso retumbante de público com quatro pessoas, achei que queria fazer filmes.

Marcelo Laffitte: um autorretrato cinematográfico | carmattos

 Curtas brasileiros
Depois de ver o filme do Zelito e do Armando, passei a ir ao cinema com bem mais frequência para assistir aos curtas brasileiros que eram exibidos antes dos longas estrangeiros. Fiz meu primeiro Super 8, um documentário de oito minutos chamado Nervos de Aço, sobre trabalhadores metalúrgicos que moravam em favelas. O ano era 1979.

Bye Bye Brasil, de Carlos Diegues
Vi umas três vezes no cinema. Muitos de meus amigos também viram e tínhamos longos debates sobre o filme. E ainda tinha a canção de Chico Buarque, de quem eu era tiete declarado. Pensei: “Quando crescer, eu quero fazer um filme como esse”. Neste ano, fui estudar Sociologia na PUC do Rio.

 Bete Balanço, de Lael Rodrigues
Era 1982 e eu cursava Economia na UERJ. Quase por acaso, virei assistente de produção de Tizuka Yamazaki no primeiro longa-metragem do saudoso Lael Rodrigues. O filme custou cerca de 100 mil dólares, tinha uma equipe composta de menos de 20 pessoas e fez milhões de espectadores. Antes de rodar qualquer trabalho, de institucionais ao longa, sempre pensei: “Como seria no Bete Balanço?”

Marcelo Laffitte | Brasil 247 Marcelo Laffitte | Brasil 247

Veludo Azul, de David Lynch
As situações extraordinárias e os personagens bizarros me foram apresentados por David Lynch como uma crônica da normalidade, como se o mundo fosse exatamente daquele jeito. Todos os meus trabalhos, desde Vox Populi até Elvis & Madona, têm esse ingrediente.

 Conterrâneos Velhos de Guerra
Até ver esse filme, eu achava que documentário era tudo verdade. Mas os depoimentos contraditórios sobre a morte dos candangos me mostraram que documentários poderiam ser usados para brincar com a verdade. Na mesma noite em que vi o filme, escrevi o roteiro de Vox Populi.

A morte interrompeu seu entusiasmo na equipe de um novo filme que vinha realizando com Octávio Bezerra, seu ex-sogro, sobre o mítico restaurante ZiCartola.

Faleceu em 18 de dezembro de 2019  com 56 anos no Rio de Janeiro, vítima de um enfarte fulminante.

FONTE:
https://vertentesdocinema.com/wp-content/themes/odin/assets/images/logo.png
http://www.filmeb.com.br/sites/all/themes/boilerplate/logo.png
https://carmattos.com/
https://ui.fstatic.com/static/images/header-filmow-logo.png

CURTA-METRAGEM: Marcelo Laffitte

 

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