Yoga: tudo o que iniciantes precisam saber para seguir a prática milenar
Por Rafael
A cada ano que se passa, a prática de Yoga ganha mais adeptos no Brasil e no mundo.
Só nos Estados Unidos, estima-se que existam mais de 36 milhões de praticantes de yoga, no Brasil, infelizmente, não há nenhuma estatística a respeito.
O que é Yoga?
Derivado da palavra “Yuj”, um termo de origem sânscrita (língua ancestral da Índia) que significa “unir ou integrar”, yoga é um conceito que se refere ao tradicional grupo de práticas – ou disciplinas – físicas, mentais e espirituais.
O yoga surgiu na Índia há milhares de anos com o objetivo de alcançar maior liberdade pessoal, longevidade e auto-compreensão.
O yoga possui três pilares:
O exercício de yoga tem como objetivo pressionar os sistemas glandulares do corpo, a fim de aumentar a eficiência dos mesmos.
A respiração é a fonte da vida no corpo e seu controle melhora a saúde, assim como o funcionamento do corpo e da mente.
Exercícios e controle da respiração preparam o corpo para a meditação, que permite encontrar o silêncio e cura para o estresse cotidiano.
Em outras palavras, yoga é a transformação da consciência humana em consciência divina.
Como tudo isso começou? De onde surgiu o yoga?
Existe um equívoco comum de que o yoga está enraizado no hinduísmo. Pelo contrário, o hinduísmo evoluiu muito mais tarde e acabou incorporando algumas das práticas do yoga.
Não há estudos conclusivos sobre quando o yoga foi criado. Especula-se que tenha surgido há mais de 5000 anos, a nordeste da Índia, na antiga civilização do vale do Indo (3500 a 2000 a.C.).
Desde então, a tradição do yoga foi sendo passada oralmente de professor para aluno e o yoga que se conhece hoje é, portanto, baseado em experiências de muitos indivíduos ao longo de milhares de anos.
O yoga no Brasil oficialmente se iniciou em 1.936, com a vinda do francês Swami Asuri Kapila (1.901-1955) a Porto Alegre.
Swami Asuri pertencia ao Ramana Ashram-Escola Internacional de Yoga e, em 1947, seu discípulo e amigo Sevananda Swami (Leo Alvarez Costet de Mascheville), do Suddha Dharma Mandalam, também francês e criador do Sarva-yoga (Yoga Integral), apresentou seus ensinamentos em um Congresso no Rio de Janeiro, diante de mais de 5.000 pessoas.
À medida em que se conhecia mais sobre os benefícios da prática do yoga, o mesmo ganhou aceitação e foi se popularizando.
Hoje, muitos médicos recomendam a prática de yoga para pacientes com risco de doenças cardíacas, dores nas costas, artrite, depressão e outras doenças crônicas.
Dia internacional do yoga
O Dia Internacional do Yoga é comemorado no dia 21 de junho.
A data foi oficializada pela ONU em sua 69ª assembleia geral, no dia 11 de dezembro de 2014 e recebeu a mais alta taxa de aprovação até então recebida numa assembléia da ONU, tendo recebido votos a favor de 175 nações.
O dia 21 de junho marca o Solstício de Verão no hemisfério Norte (de inverno no hemisfério Sul). É dia mais longo do ano neste hemisfério e tem significado especial em muitas partes do mundo.
Na perspectiva do Yoga, o Solstício marca a transição para o Dakshinayana. Além disso, a primeira lua cheia após o solstício é chamada de Guru Poornima, onde é celebrado o Guru Purnima Puja (ritual em que são homenageados os Gurus, que são os transmissores do conhecimento do Yoga).
De acordo com a tradição yogi, a primeira transmissão do conhecimento do Yoga foi feita neste dia por Shiva, o primeiro Guru. O solstício também é considerada uma data especial, quando as influências cósmicas tornam favoráveis às práticas espirituais.
A Resolução 69/131 da ONU, reconhece que o Yoga proporciona uma abordagem holística da saúde e bem-estar, e que uma maior conscientização sobre os benefícios da prática de Yoga seria benéfica para a saúde da população mundial.
Também reconhece que a saúde global é um objetivo a ser desenvolvido em longo prazo e requer a cooperação internacional por meio do intercâmbio de melhores práticas que visem a construção de um melhor estilo de vida individual.
Dessa forma, o Dia Internacional do Yoga ajudaria indivíduos e populações fazerem escolhas mais saudáveis e seguirem padrões de vida que promovam a boa saúde.
